a mão
desorientada e maníaca
escreve simplórios versos
arrancados à força
d’uma medíocre vida [ encenada!...
o roçagar da pena
no papel imaculado
dá conformidade à poesia
[ mais confessada.
palavras [ singelas
partejam formas miraculosas
de toda singularidade [ devassadas…
volúpias, olhares vítreos, silêncios sublimes,
dores ocultas, solidão rigorosa,
felicidades (in)alcançadas, circunstâncias malditas,
nada [ nada mesmo
desaponta a alma [ atormentada!...
a mão [ covarde
de dedos trêmulos escreve…
a pena [ febril
não pede licença!...
não é que o apêndice - maldito - do misantropo,
quer caligrafar pirotecnias?
gineceu - 2013
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