quão imprudente fui?
fui só mais alguém
decaído em abismo profundo?
pudica, minh’alma se guardava para o quê?
anjos e serafins,
reluzentes em suas auras gloriosas,
não me acenavam contra a luz das estrelas,
cabeleiras ao vento,
sexos (velados?) incandescentes,
enigmas engendrados nos belos sorrisos?
ah, a porta do paraíso!...
a liberdade inventada.
ah, o inferno maldito!...
a perfídia perpetrada.
ah, o caos do meu destino,
no olho do furacão,
perplexidades urdidas no bojo do nada,
a coragem forjada no repique [ precipitado
da mais ingênua emoção.
praça Cícero Macedo - 2013