das coisas - não rimadas
que eu nunca vi
me convêm descarriladas poesias...
das coisas indevassadas
que eu já sabia
se consolidam iminentes espantos: as flores, as nuvens e os pássaros
se dissolvem - raros - emergidos no céu…
e resmungo palavras - desumanas
me entregando a dores
sem encanto algum…
e na imensidão - clamando por alguém
me tumultuo como um lamento
combatendo ecos formatados no vento
vagueando ausências de equilibristas bêbados
rimando ruínas de poemas profanos…
das coisas - encantadas
sorridas na fresquidão de bocas virginais
não me esqueço…
foge, homem!... realidades insolentes/
profusas paranóias/
hão de se imiscuir/
breve/
/ por aqui.
ló - 1999
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