Nada mais restou senão o vazio e a solidão...
lágrimas tristes choraram nossa dissonância,
poses afetadas sustentaram nossa arrogância,
sufocamos nosso amor com tíbia razão.
Nos tornamos rotos amantes em ilusão perdida:
engolfado [um] num abismo de dor e esquecimento,
delirante [outro] em visões de desprezo e fingimento...
de nosso silêncio esvaiu-se toda vida!
Amor e solidão!... fantasmas a dançar
excitam os seres feros que nos habitam
e nossos sonhos são mortos, sem pestanejar...
Amor e solidão!... nossa infeliz perda clama
vingança!... nossas mediocridades nos limitam
e de nossos corações desfez-se toda chama...
de prosa - 16.12.1989 (Rascunho C, Caderno 1/3)
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