imagine um simples amor
simples que nem sonho
simples que nem gota d'água
simples que nem brecha(s) [ entre o corpo e a alma
imagine um simples amor
em que não se arquitete o tempo
em que as naus partam sem prover destino(s)
em que os pensamentos coexistam com os sentimentos
imagine um simples amor
como uma noite aconchegante que cai
[ realçando a luz da candeia
como casinhas caiadas [ perpetuadas
nas colinas verdejantes
como o mundo sem ruínas [ inferido
para além das “minas gerais”
imagine um simples amor
alegre
inocente
primitivo
arrancando impossíveis lágrimas
em “seus” impassíveis olhos
[ enceguecidos
rua Uberaba - outubro/2002
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