tempo, que tempo?
não é cada segundo. é emancipação.
realidade transmutada. esconderijo secreto.
expiação.
o telefone toca na impenetrável madrugada…
tempo, que tempo?
espera-se o esvair da noite,
a ereção dos sonhos,
a tempestade bater forte nas lajes,
a desarticulação dos fatos,
a volatilidade da vida,
o predomínio dos abismos [ colossais,
alquimias, filosofias e poéticas abusivas…
o tempo, em dimensão psicológica, não se faz de segundos, não!...
que feitiço mais fugaz, que bar mais brega,
que firula mais ousada, que sinfonia mais exata,
que outono mais eterno,
vão descoagular a fluidez dos sentidos [ além?!?!...
tempo, que tempo?
não, o tempo não é metáfora geométrica [ não!...
fevereiro - 1995
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