minha poesia quer brincar?
xô, tristeza!
minha poesia tripudia?
luz no céu a estrela-guia.
minha poesia, que pensei perdida?
me faz dançar valsas [ incontido
pelas íngremes escarpas do Wahala.
minha poesia, que me entrecorta a voz?
vê!... nos acolhem as margens plácidas do silente rio,
nos purificam as águas que mansamente rolam
como rolam na labiríntica estrada
as incontáveis pedras [ caotizadas!...
minha poesia quer fazer rimas?
num clarão de lua
numa maldade perpetrada
na manhã que raia
na flor que perfuma
na dor mais profunda
o remorso [ que me cobiça
jamais será minha mortalha!
Veni Creator Spiritus - 1982
Nenhum comentário:
Postar um comentário