sou como eu mesmo sou não
Nosferatu das inesperadas madrugadas
encerrado em totêmicas torres de pedra
a equilibrar elementos freudianos que/
inocentemente/ complementam toda cena
sou como um cão andaluz - sem dono
pedras anônimas pisadas no cais
tapuia, celta, grego e filho-da-puta
podridão dos cemitérios - beleza e asco
prestigioso ante a vulgaridade dos prostíbulos - sensuais
sou como meditação profunda - incubando ideias
pátrias aniquiladas pelos toscos capitais
padecimentos remidos/magnificados em gritos
vastidões medidas em efêmeras métricas - abissais
sou metáforas espantadas pelas malogradas vitórias
!... contratempos fugidios
! alucinações demais
dezembro - 1995
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