não fedo naftalina
não uso relógio-de-bolso
nem admiro garotas
que sentam de perninhas fechadinhas
ainda acumulo saliva no canto da boca!
hoje, descanso minhas memórias
em almofadas puídas
e fixo bandeirolas de cavalhadas
em solo lunar
não posso voltar para casa
não posso lambuzar os dedos com mel
nem imagino antigas ribaltas
cultuadas por elegíacos
ainda empreendo fabulosas narrativas!
hoje, lamento sobre mortes horrendas
e divulgo rituais literários
do século vindouro
( … ) ainda se sente inquieta minha mente
ante evocação de imagens
esquecidas em fotos no sótão/
/ peremptoriamente a esmaecer!...
flauta agridoce - 2019
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