segunda-feira, 25 de março de 2024

" untitled 20 "

 

querida, te abraço à noite 

                     [ extraviada,

à santificada noite 

              [ que nada reprime,

à noite que exige corpos e almas

                           [ almas e corpos,

e não mascara a mais íntima das relações

                                [ humanas.




s-e-x-o!

( … na intimidade 

    da conjugalidade

    o amor faz-se império 

    e promove catarse 

              [ redimindo “nós”, 

                os amantes… )

e a noite 

    [ cálida 

      [ rola suas sombras,

esfuzia com a lua 

e com as estrelas,

redesenha pensamentos 

e emoções,

espera - impassível - clarividências,

joga na cara palavras, 

delírios 

e sonhos

  [ no justo limite 

    do nosso amor.




querida, a noite se adensa sobre nossos corpos e almas,

nossas respirações - entrecortadas - sobressaem-se ao mar,

às nuvens 

e ao tempo…

nossos chacras realizam metamorfoses…

nossa vigília consuma-se em êxtase

                            [ pleno!...




gozo!

trespassados pela noite, querida,

( … ops, quase digo teu nome… )

já flutuamos 

   [ sem amarras do destino,

livres, 

leves 

e soltos 

em incríveis idílios,

fascinados 

       [ um pelo outro,

regressando à um “locus” 

de que nunca - sequer - nossas almas partiram,

posto que uma só carne 

conforma nosso “corpus”!




locus&corpus - 1997


Nenhum comentário:

Postar um comentário