querida, te abraço à noite
[ extraviada,
à santificada noite
[ que nada reprime,
à noite que exige corpos e almas
[ almas e corpos,
e não mascara a mais íntima das relações
[ humanas.
s-e-x-o!
( … na intimidade
da conjugalidade
o amor faz-se império
e promove catarse
[ redimindo “nós”,
os amantes… )
e a noite
[ cálida
[ rola suas sombras,
esfuzia com a lua
e com as estrelas,
redesenha pensamentos
e emoções,
espera - impassível - clarividências,
joga na cara palavras,
delírios
e sonhos
[ no justo limite
do nosso amor.
querida, a noite se adensa sobre nossos corpos e almas,
nossas respirações - entrecortadas - sobressaem-se ao mar,
às nuvens
e ao tempo…
nossos chacras realizam metamorfoses…
nossa vigília consuma-se em êxtase
[ pleno!...
gozo!
trespassados pela noite, querida,
( … ops, quase digo teu nome… )
já flutuamos
[ sem amarras do destino,
livres,
leves
e soltos
em incríveis idílios,
fascinados
[ um pelo outro,
regressando à um “locus”
de que nunca - sequer - nossas almas partiram,
posto que uma só carne
conforma nosso “corpus”!
locus&corpus - 1997
Nenhum comentário:
Postar um comentário