sem se ater às consequências,
dizeis, “amor”!...
mas “o” sabeis ritualizado em místicas
e líricas castidades,
liberto na eternidade
e confinado a cada instante,
alegria e prazer,
dor e desespero,
acolhimento e guerra?
vós, confusos e enceguecidos,
dizeis, inadvertidamente, “amor”!...
mas “o” tendes como aconchego,
saudade imensa,
sorrisos sinceros,
sexo [ de papai-e-mamãe à sodomia
[ de quatro?
mas "o" reconheceis como feliz regresso,
pedaço de vós próprios,
paz e miríade de fascinações,
encontros e desencontros,
perfídias e traições?
ah, vós, mesmo não sendo apropriado, me desculpai!...
vou meter o pé na porta do inferno,
escalar as impossíveis escarpas do Olimpo,
roubar o sagrado fogo dos deuses,
só prá ter o corpo de minh’amada
amalgamado - agora - ao meu!
não me digas! - 2023
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